Do Fundo do Baú ( Publicado em 03.10.2013 por Cora Rónai ):
Observações da Educação Pública.
quinta-feira, 28 de dezembro de 2023
Brasil c/ Educação Negligenciada Pelos Governos.
segunda-feira, 24 de julho de 2023
Reflexão da Greve 2023
Anteriormente a Greve o governo deixou de cumprir o acordo com a Alerj quando emitiu um decreto para repor aos Servidores estaduais do RJ a pequena parte da Perda Acumulada que seria de 5,62% em Janeiro de 2023, e isso não ocorreu. Os Docentes da rede estadual iniciaram com o Sindicato (Sepe) o pleito para que o governo cumprisse a Lei Nacional do Piso do Magistério e com isso várias reuniões com a Seeduc, mas a mesma só enrolava o que culminou com aprovação da GREVE em assembleia lotada em 15/06/23 que teve início em 24/06/23 para cumprir o prazo de 72h exigido nesse caso.
domingo, 19 de março de 2023
Sobre a Deforma do Ensino Médio (BNCC)
A tal reforma do ensino médio está sendo implantada, e no estado do RJ em 2022 foi no 1º ano e agora em 2023 no 2º ano e ano que vem se essa coisa não for revogada atingirá o 3º ano do ensino médio. O fato é que isto está sendo altamente prejudicial aos alunos das escolas públicas principalmente as estaduais, pois todas as disciplinas tradicionais tiveram tempos reduzidos em suas grades, principalmente as da área de humanas. Reduções significativas em História, Geografia, Filosofia, Sociologia, Artes e também em Biologia, Física e Química , as menos atingidas foram Matemática e Português. No lugar das disciplinas citadas entraram na grade como eletivas e projetos de vida coisas como: “ o que rola por aí, eu robô, brigadeiro caseiro, sonhando alto, qualquer coisa vale, ação, sempre em movimento, relicário de herança, como ficar rico, novas formas de existir, falar mais viajar melhor, meu lugar turístico, protagonismo nas redes, se liga na rede, rpg (jogo), vamos jogar, linguagem nas palavras: novas formas de existir, na atividade, mundo pet , etc... por isso é que me incluo em desejar a revogação dessa DEforma do ensino médio, pois está aumentando a defasagem de aprendizagem dos alunos das redes públicas em relação aos alunos das boas escolas privadas, que ao contrário mantiveram suas grades originais e as eletivas e projetos de vida são on line. Tem que revogar, pois a mesma não houve consultas aos docentes das escolas públicas, aos sindicatos que representam a educação, mas somente às fundações privadas que lucram com as verbas públicas como a Fundação Roberto Marinho, Todos pela educação, fundação Bradesco, etc...
Anteriormente já havíamos divulgado nas redes sociais O Privado de Olho no Público
Nas últimas semanas, os jornais destacavam algumas das curiosas “matérias” que os jovens passaram a ter em substituição ao antigo currículo: “Sonhando alto”, “Brigadeiro caseiro” e “Projeto de Vida”, por exemplo. Enquanto isso, as disciplinas tradicionais foram reduzidas da grade ou dissolvidas em “áreas de conhecimento” (Humanas, Exatas, Biológicas, Linguagem e Tecnologia). Os mais prejudicados foram os alunos do terceiro ano, para os quais a maior parte do currículo foi substituída pela parte diversificada. A própria BNCC, aprovada em 2018, tornou obrigatórias apenas as disciplinas de português e matemática nos três anos do Ensino Médio, todas as outras podem ser flexibilizadas. O resultado é que os alunos deixaram de ter acesso a conteúdos importantes e passaram a ter essas disciplinas aleatórias e aparentemente sem sentido, que servem para atender aos interesses do novo mercado de trabalho, também mais flexível e precário (com baixa estabilidade e poucos direitos). O resultado está aí:
“Esse aqui é meu horário de aulas para o terceiro ano, e nele não consta NENHUMA aula de História, Geografia, Filosofia, Sociologia, Biologia, Química ou Física! Matérias que vão cair no Enem e nos vestibulares. Além disso, conta com somente DUAS aulas na semana de Português e Matemática”. Essa foi a postagem de uma estudante do Ensino Médio da rede estadual de São Paulo que viralizou nas redes essa semana. Em um dos comentários outra estudante protesta: “(…) é horrível! E umas matérias totalmente sem sentido e que não vão ajudar em nada! Eu exijo uma greve pra tirar esse ‘Novo Ensino Médio’“.
Com essa formação parcial e esvaziada, o jovem estudante da escola pública terá ainda mais dificuldade para acessar o Ensino Superior, ou mesmo para ter um emprego qualificado. O Ensino Básico completo só estará disponível para aqueles que podem pagar as mais caras escolas privadas. Com isso, a desigualdade educacional entre ricos e pobres vai aumentar ainda mais no país.
As mentiras do Novo Ensino Médio
Para tentar convencer a população da mudança, os governos e grupos empresariais que participaram diretamente da formulação da proposta (como a Fundação Lemann, o Instituto Unibanco, a Fundação Itaú, o Instituto Natura, entre outros), partem de uma verdade para espalhar várias mentiras. A verdade é que o Ensino Médio há tempos vem sofrendo com a baixa qualidade e os altos índices de abandono. Segundo a UNICEF (2022), 2 milhões de crianças e adolescentes de 11 a 19 anos deixaram a escola, a maioria porque precisava trabalhar (48%). Esses problemas se aprofundaram na pandemia, quando 5,1 milhões de estudantes brasileiros ficaram sem acesso à educação (UNICEF, 2021).
O que eles não dizem, no entanto, é que isso é consequência da política de sucatear a escola pública para favorecer os interesses privados, que vem sendo implanta por sucessivos governos. Por isso, longe de resolver esses problemas, a reforma em curso vai aprofundar as desigualdades educacionais no país. Ou seja, o que era ruim está ficando pior. Vejamos algumas das mentiras propagandeadas:
1) “O estudante pode escolher o que interessa”: Isso é mentira porque a própria lei não obriga as escolas a oferecerem todos os itinerários formativos. Na prática os alunos das escolas públicas são obrigados a “pegar o que tem”. “Eu só pude escolher entre exatas ou humanas, mas as aulas que eu queria mesmo ter eu não pude escolher, eu era obrigada a aceitar o que vinha”, afirmou a estudante Julia, da rede estadual de São Paulo.
2) Um ensino mais “moderno”: Os mesmos governos que falam que o ensino atual vai inserir os jovens no “mundo digital”, não garantem o mínimo de estrutura nas escolas. Em muitos casos, computadores e tablets até foram comprados, mas permanecem encaixotados por falta de verbas para instalação ou internet. Mesmo em estados mais abastados, como São Paulo, há escolas sem aulas nesse momento porque não tem nem funcionários para lavar o banheiro por consequência da terceirização.
3) “O aluno vai sair com uma formação técnica ou profissionalizante”: Com a falta de estrutura e a privatização, os recursos públicos vão pro bolso de empresas, que contratam pelo chamado “notório saber”, profissionais que não são professores, com piores salários e que não têm nenhum acompanhamento. A qualidade fica comprometida e os alunos não aprendem nem o básico, nem o profissionalizante. É uma enganação.
Formação ruim para o emprego precário
Mas então quem ganha com o Novo Ensino Médio? Na realidade, essa flexibilização do currículo está diretamente ligada à flexibilização das condições e relações de trabalho, que pioraram com a reforma trabalhista. O “projeto de vida” que o capitalismo tem para a juventude pobre, majoritariamente negra e periférica, é transformá-la nesse novo trabalhador cada vez mais sem direitos, ou pior ainda, prepará-la para ser uma juventude sem trabalho e resiliente à sua condição. Por isso, as aulas de “Brigadeiro caseiro” ou de “empreendedorismo” ganham importância, para que os alunos consigam “se virar” para sobreviver sem um emprego formal e estável, trabalhando em aplicativos ou mesmo vendendo brigadeiro. Segundo o pesquisador Fernando Cassio, da Rede Escola Pública e Universidade (REPU) “[…] um dos elaboradores das apostilas oferecidas aos professores como apoio curricular aos itinerários formativos do NEM é o iFood. As secretarias de Educação nem se preocupam mais em disfarçar”.
Piores condições de trabalho também para o professor
Já os professores estão tendo que trabalhar cada vez mais e em piores condições. Com a redução das suas disciplinas, a maioria se viu obrigada a ensinar muitas matérias diferentes, mesmo sem ter formação específica. O sobretrabalho tem agravado os problemas de estresse e adoecimento. As novas “disciplinas” não seguem nenhum parâmetro e na prática o professor se vê refém das apostilas. Além disso, faltam professores para tantas disciplinas e muitas vezes os alunos ficam sem aula.
Não dá pra “aperfeiçoar”: É preciso Revogar integralmente o Novo Ensino Médio e a BNCC!
quarta-feira, 21 de dezembro de 2022
Leis Relacionadas a Educação.
quarta-feira, 7 de dezembro de 2022
A Falácia e Farsa Educacional no Estado do RJ.
terça-feira, 29 de novembro de 2022
Aos Docentes Sobre Aprovação/Reprovação
Agora no final do ano, alunos que não estudaram durante todo o ano letivo pedem para passar um trabalho como recuperação para passarem de ano. A esses digo que ajudo aqueles que fizeram por merecer durante o ano todo. Como leciono Matemática os informo através da seguinte regra de três:
Pois :
E passar aluno que não sabe nada na verdade não ajuda o aluno, pois hoje para conseguir um emprego há uma concorrência muito grande, ou seja, pois para a vida pós escola o conhecimento é fundamental.
sábado, 12 de novembro de 2022
Transição do governo na Educação.
Eu, Omar Costa, professor de Matemática da rede estadual do RJ, vejo que URGE a Reforma da DEforma do ensino médio que entrou em vigência nesse DESgoverno, pois a grade curricular de ensino foi altamente prejudicada, Aqui no estado do RJ os alunos do 3º Ano do Ensino Médio não tem aulas de Física, Química, Biologia, Filosofia, etc... , as demais séries do ensino médio também foram prejudicados por uma grade muito pior que a de antes da DEforma. Dessa forma os alunos das redes públicas estão sendo ainda mais prejudicados em relação as alunos das boas escolas privadas que com certeza continuarão com as disciplinas fundamentais a um conhecimento amplo e formação.
Não vi fazer parte do grupo de transição sindicatos e professores da rede pública do ensino básico.
Obs. : Sugiro ver mais sobre o assunto no Blog do Freitas ou em https://avaliacaoeducacional.com
Na área de educação, começa mal a transição
Estamos todos acompanhando atentamente os primeiros movimentos do governo Lula, centrados nas tarefas de transição. Por falta de articulação, pelo menos na área da educação, reina uma grande desinformação sobre o processo. E quando há desinformação, isso significa que se está fora do processo.
É assim que muitas das entidades de organização de base na área da educação começam a sentir-se: por fora. Um mau início para um governo que, ao longo de quatro anos, necessitará de apoio não só no Congresso, mas na base social.
Que reação esperavam os organizadoras da área temática da educação na transição ao realizarem uma reunião repleta de ongueiros e fundações empresariais? Que reação esperavam da área da educação ao não garantirem a presença das principais entidades da área? E ainda lemos pela imprensa, que Tebet do MDB ou Izolda que até outro dia estava no PDT, ex-secretaria da educação de Sobral – tida como “modelo” para a reforma empresarial na educação – são fortes candidatas a serem indicadas para o Ministério da Educação. Sem contar que movimentos como o Todos pela Educação também estavam presentes na reunião do GT da transição.
Que as negociações teriam que ser amplas, todos sabíamos. Ao escolher Geraldo Alckmin para a vice-presidência, se fez uma opção. No entanto, para deter Bolsonaro, foi preciso compor com a socialdemocracia de centro direita. Mas não se pode apagar a história. Alckmin militou no PSDB, no Estado de São Paulo, um partido que conduziu nos últimos 20 anos uma reforma da educação dentro de princípios empresariais, com pagamento de bônus por atingimento de metas nas escolas, por exemplo, e planejada pelos gurus da reforma empresarial que migraram para o governo Temer e depois para o Conselho Nacional de Educação durante o governo Bolsonaro – sem ter nunca tirado os pés de organizações financiadas por empresários. E imagino que estão ávidos para voltar a ter espaço no MEC.
Uma aliança ampla, no entanto, foi necessária e não significa que deixamos de reconhecer que os resultados de uma eleição apertada como a que tivemos, atestam a correção da montagem desta frente ampla.
Isso posto, também não significa que as forças mais à esquerda devam deixar de ser incorporadas ao debate ou deixar de apresentar sua visão programática para o governo, aceitando antecipadamente o predomínio de forças de centro direita. Nem significa que não tenham acesso direto ao debate, tendo que valer-se de terceiros para fazer chegar suas propostas. Se estamos em uma frente ampla, que as negociações sejam, então, amplas. Mas para isso, todas as partes devem sentar-se à mesa. Não basta divulgar um comunicado dizendo que foi uma reunião com posições divergentes, com o objetivo de passar uma imagem plural que teria contemplado todas as visões.
Está na hora das entidades educacionais representativas reivindiquem canal direto na transição e façam valer o carater de frente ampla deste governo que se inicia.
Hoje, Rodrigo Ratier, divulga em seu blog um post denominado: “Na educação, barco da transição de Lula deriva para a direita empresarial”. Não há como contestá-lo. Como ele diz, a respeito de uma reunião do Grupo de Trabalho ocorrida, junto com colaboradores “voluntários”:
“Três players – Itau/Unibanco, Natura e o empresário Jorge Paulo Lemann, segundo homem mais rico do Brasil, financiam no todo ou em parte instituições que emplacaram 18 dos 46 nomes divulgados. Algumas, como Fundação Lemann, Todos pela Educação e a minúscula Profissão Docente, possuem mais de um representante no GT.”
Leia mais aqui.
Por mais que seja um primeiro movimento que será seguido por outros, o fato é que não se viu ali o presidente da Confederação Nacional de Trabalhadores da Educação ou de outras entidades educacionais como a ANPED, ANPAE, ANFOPE, para citar algumas.
Minha conclusão é a mesma de Ratier: “começa mal a transição”. Mas ainda há como corrigir.
O fato é que a Educação pública Chora: