quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Tristeza pela lição não aprendida.



        O ano letivo de 2014 se encerra, e mais uma vez a educação pública e seus servidores tem as suas pautas de reivindicações por uma educação de qualidade e valorizada  ignoradas pelos governos estadual e municipais do estado do RJ.

E por que os governos estaduais e municipais não estão nem aí para que a população tenha uma educação pública de qualidade e valorizada?

Primeiro, porque há uma política clara de privatizá-la, estabelecida pelo Banco Mundial.
Mais em : http://observacoeseducacionais.blogspot.com.br/2014/10/diretrizes-do-banco-mundial-em-relacao.html

Segundo, porque a grande maioria da categoria se mantém ausente da Luta de exigir dos governos negociações sérias das pautas de reivindicações das categorias, isto é, ao se omitirem de exigir cumprimento das pautas, os fortalecem, ocasionando os desmandos , a intolerância , e o que eles nos impõem goela abaixo.

Terceiro, devido a leniência da(s) direção(ões) do Sepe , que em sua grande maioria não trabalham pela mobilização da categoria, pois não visitam periodicamente  as escolas ( não há um planejamento de visitas às escolas ) , muitos são filiados a partidos coligados aos governos que nos oprimem, e trabalham de forma vergonhosa pela desmobilização da categoria. Nessa greve de 2014 teve diretor filiado ao PT que chegou ao ponto de postar no facebook que ‘ precisamos nessa sexta feira acabar com essa putaria’, se referia em trabalhar para encerrar a greve na assembleia de 6ª feira, depois percebendo que dera uma baita mancada, deletou a postagem, mas felizmente a mesma já fora copiada.


Por tudo isso ficamos a mercê de um estado ditatorial que conta com a cumplicidade do TJ RJ para minar a nossa Luta.

E os deputados fazem somente o que sabem, enrolam a direção do Sepe, mas não tomam uma ATITUDE , pois se realmente quisessem trabalhar pela categoria, se reuniriam e partiriam para o Palácio Guanabara e cobrariam do governador o cumprimento  do Decreto nº 44.877/14 de 15/07/14 que ele próprio assinou, anistiando de punições os professores que estiveram em greve.

A tristeza  pela lição não aprendida, é que embora os Garis  tenham dado  a TODAS as categorias ( independentemente do sindicato ) o ensinamento de que somente com UNIÃO da categoria se obtém vitória em seus pleitos, mas a grande maioria da categoria não aprendeu a lição.

Logo, a permanecer essa omissão, essa submissão da grande maioria da categoria o que está ruim se tornará muito pior, pois “a nossa realidade é cruel”.
Mais em : http://observacoeseducacionais.blogspot.com.br/2014/12/futuro-cruel-para-educacao-publica.html




Um comentário:

  1. A FORÇA DA UNIÃO E A DIGNIDADE DE LUTAR ENSINANDO NA "PÁTRIA EDUCADORA".
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    Há alguns anos, uma massa de bolivianos pobres, mal tratados, excluídos e estigmatizados empreendeu a chamada "Guerra da Água" contra os interesses de grandes corporações em explorar esse recurso vital que lhes era escasso. Contaram, sobretudo, com o dócil apoio do então governo elitista boliviano que, como a maior parte dos governos, prefere financiar e favorecer o crescimento econômico para poucos ao invés de oferecer condições de desenvolvimento social para a maioria da população carente...
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    Os bolivianos paupérrimos foram à luta contra o grande capital transnacional e contra o violento aparato de Estado boliviano e VENCERAM!
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    No ano passado, vimos garis da COMLURB, Celetistas (ou seja, podem ser demitidos sumariamente a qualquer momento, ao contrário de nós, servidores públicos concursados e estabilizados), com baixo nível de instrução na imensa maioria dos casos e com um sindicato antenado com os interesses corporativos da PCRJ, enfrentarem o autoritarismo e vencerem gloriosamente.
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    Alguns dirão que "só venceram por causa do caos e do mau cheiro exalado por toneladas e toneladas de lixo acumulado". Isso, sem dúvida, influenciou. Mas não foi determinante. Afinal, o alcaide pagou pra ver e passou vergonha em escala planetária, pois, no "País da Copa do Mundo" e na "Cidade Olímpica de 2016", em pleno Carnaval de 2014, milhares de toneladas de lixo ficaram espalhadas, sendo paisagem para cariocas da gema, gringos e ratos. Houve forte pressão sobre os garis (Judiciário, mídia, PCRJ, PMERJ, GMRJ), mas eles se mantiveram unidos, corajosos, imbuídos, coesos e, por isso, VENCERAM!
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    Eis que o ano de 2015 começou fervendo (sensação térmica de 50ºC) e começaram a surgir dúvidas a respeito do nosso DIREITO POR LEI de trabalharmos em salas de aula climatizadas. Houve um excelente e providencial post da guerreira de sempre Flavinha CR nesse sentido que, em parte, me deixou esperançoso e em parte envergonhado. Esperançoso por ver quanta gente valorosa, inteligente, altiva e corajosa existe na nossa rede. Envergonhando por... É melhor nem mencionar, pois estou enojado e não quero socializar a repulsa que senti ao ler alguns comentários...
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    O ano de 2015 começou tb com uma grande demissão de funcionários (celetistas) da Volkswagen, em São Bernardo do Campo/SP. Cerca de 800 começaram 2015 recebendo seus avisos prévios. Mas o que fizeram aqueles que não foram "contemplados" com a carta de demissão sumária?
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    Simples... Eles foram à luta pelos seus ex-colegas para que as demissões fossem suspensas e eles pudessem retornar ao trabalho. Mas isso não foi tudo. Há alguns dias, houve uma enorme manifestação que reuniu não apenas os demitidos e grevistas da Volkswagen, mas tb funcionários da Mercedes Benz, da Ford e da General Motors... Agiram como CLASSE, pois devem ter pensado o seguinte: "se demitiram 800 agora, poderá haver em breve uma nova onda de demissões e eu posso ser demitido tb, assim como os meus companheiros o foram agora."
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    E pensar que no ano passado, teve gente rindo e desdenhando dos colegas que foram arbitrária e ilegalmente punidos e processados... Inclusive aqui neste grupo!
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    Temos muito o que fazer e muito a aprender enquanto categoria. Mas, antes de mais nada, temos que nos tornar uma categoria de fato.
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    A indignação diante do que está errado e do que é injusto é a matéria-prima para buscar e exigir melhorias em casa, no bairro, no local de trabalho e na sociedade...
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    Da mesma forma, a omissão não demonstra covardia, medo ou coisa do gênero. Demonstra oportunismo, egoísmo e um sórdido colaboracionismo com aqueles que hj podem ferrar com um colega, mas amanhã o ferrado poderá ser vc!
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    Parabéns aos que lutaram, aos que lutam e aos que, com certeza, lutarão!

    Texto de Luiz Espírito Santo, no grupo PCRJ/SME.

    http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2015/01/1575970-volkswagen-readmite-800-funcionarios-e-greve-de-10-dias-acaba.shtml?cmpid=compfb

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